domingo, 20 de fevereiro de 2011

Transtorno Obsessivo Compulsivo

Transtorno obsessivo compulsivo

Um paciente que sofre de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e sua mãe falaram à BBC sobre a batalha da família para aprender a conviver com a condição.
Segundo estimativas, o TOC afeta três em cada cem crianças e é caracterizado por pensamentos obsessivos e comportamentos repetitivos.
O menino britânico John (este não é seu nome verdadeiro), por exemplo, lavava suas mãos até sangrarem.
Hoje, pendurada em um mural no Maudsley Hospital, em Londres, está uma foto de John, sentado em um vaso sanitário e comendo um sanduíche.
A imagem deixaria a maioria dos pais horrorizados, mas para a mãe de John, Sandra (um nome fictício), a foto foi um sinal de que seu filho estava, finalmente, conseguindo vencer o TOC após um tratamento com terapia cognitivo-comportamental (TCC).
A TCC expõe gradualmente a pessoa às coisas que ela teme - no caso de John, germes e contaminação - ajudando-a a vencer o medo.
"O TOC não vai embora, você não fica livre dele, mas aprende técnicas para lidar com o problema", disse Sandra.
A condição pode ser muito debilitante. Houve períodos em que John não se sentava em vasos sanitários ou em assentos no transporte público, não dormia por causa de pensamentos obsessivos, não tomava banho temendo que a água estivesse contaminada e não comia.
"Eu achava que ia morrer se pegasse na maçaneta da porta", explica John.

Sintomas do TOC

Ele tinha oito anos quando os primeiros sintomas começaram a aparecer. Sandra notou que o filho fazia movimentos estranhos, como chutar para os lados em um ângulo pouco comum. Ela achou que aquilo era um capricho de criança e que passaria com a idade.
Mas após a morte do avô, a quem John era bastante apegado, o menino desenvolveu temores de germes e de sujeira e foi indicado a um psiquiatra.
O diagnóstico de TOC trouxe um certo alívio para a família.
"Uma vez que você encontra um nome para algo, passa a culpar aquele algo e não a criança", disse a mãe.
John começou a tomar antidepressivos - um recurso que, segundo os especialistas, beneficia alguns pacientes - mas seu caso começou a piorar.
"Ele disse que queria morrer, que ia se matar, não aguentava mais", disse a mãe.

Importância da terapia

John recebeu indicação para fazer um tratamento com Isobel Heyman, que trabalha no instituto de psiquiatria do Maudsley and Great Ormond Street Hospital.
O tratamento com TCC dá ao paciente instrumentos para confrontar e lidar com suas obsessões.
John disse que a terapia mudou tudo. "Eles acreditaram em mim, minha mãe também. Então eu disse a mim mesmo, vou lutar contra isso".
Hoje, aos 14 anos, John está se recuperando, mas a família está consciente de que ele precisará ficar atento, caso o TOC volte a se manifestar.
"Estou constantemente em guarda", diz sua mãe. "Todos nós temos traços de TOC, mas quando ele começa a afetar a forma como você vive, aí se torna um problema".

 fonte: http://www.diariosaude.com.br/news.php?article=toc-tcc&id=5838

 Se você se interessa por esse assunto , os livros e os sites, abaixo, serão muito úteis. Aproveite!

Alguns livros sobre TOC:

-Huebner, Dawn.O que fazer quando você tem muitas manias: um guia para crianças superarem o transtorno obsessivo-compulsivo(TOC)Porto Alegre Artmed,2009.
-Cordioli, Aristides Volpato. Vencendo o transtorno obsessivo-compulsivo: manual da terapia cognitivo-comportamental para pacientes e terapeutas. Porto Alegre,Artmed, 2004.
-Cordioli, Aristides Volpato.Manual de Terapia Cognitivo-comportamental para o transtorno obsessivo-compulsivo. Porto Alegre. Artmet. 2007.
-Torres, Albina Rodrigues: Shavittt, Roseli Gedanke: Miguel, Eurípedes Constantino. Medos, dúvidas e manias: orientação para pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo e sua família. Porto Alegre. Artmed,2001.

Sugestão de sites:
- Site de informações sobre TOC para profissionais, pacientes, familiares e leigos:
www.ufrgs.br/toc
 -Site com informações sobre o TOC, transtorno de Tourette para profissionais, pacientes, familiares e leigos;
www.astoc.org.br


A hora de dormir

Boa Noite!

Muitos pais têm a expectativa de dizer essas palavras e o filho adormecer em sua cama. Em algumas casas isso não acontece. A hora de ir para cama é uma grande dificuldade a ser enfrentada.
A família utiliza-se de diferentes falas e maneiras de convencimento para que a criança durma sozinha: “Quem vai levar a criança para a cama, hoje? Que estória vamos contar? E o filme que vamos assistir?”.
 É uma série de alternativas apresentadas para que a criança fique tranquila e possa finalmente adormecer. Apesar de tantas maneiras ela resiste em dormir em suas camas sozinhas.
 Uma alternativa, utilizada por algumas famílias, é deitar em sua cama apertada e desconfortável, esperando que ela durma para sair, nas pontas dos pés, do seu quarto. Muitas vezes, isso não termina. No meio da noite, quando ela percebe-se sozinha exige, outra vez, a presença do adulto.
Uma outra maneira de “resolver” a situação, é levar o pequeno para a cama dos pais e dormirem todos juntos.
O que fazer diante de situações como essas?
 Algumas técnicas podem ser empregadas:
·             Manter um horário constante para  dormir, incluindo finais de semana;
·             Organizar uma rotina a ser feita, diariamente, antes de dormir,uma preparação para o sono chegar. A rotina, baixa a ansiedade e tranquiliza. A criança pode começar tomando um banho, colocando o pijama, escovando os dentes, despedindo-se das pessoas da casa, indo para o quarto, pegando um livro de estória para ler ou ouvi-la e depois acomodando-se na cama,com um brinquedo, caso seja o costume da criança.
É importante que a família esteja disposta a colaborar.  Algumas atitudes ajudam:
·             Marcar uma hora para a criança  ir para cama;
·             Que a casa esteja preparada para dormir pois, movimentos fora do quarto, estimulam a criança a não querer dormir;
·             Desligar a TV na hora que inicia a rotina.
 Não espere que a mudança seja imediata, persista no programa.Cada dia, que algum passo adiante for dado, elogie e estimule a criança a continuar a rotina.
Muitas crianças não dormem o tempo necessário, apesar de não demonstrarem cansaço durante o dia. Essa diminuição das horas de sono afeta às crianças. Elas ficam propensas a diferentes problemas, tais como: ansiedade, falta de concentração, irritabilidade, agressividade, entre outros. Os pais que também não dormem de maneira adequada e passam  pelo estresse na hora de colocar o filho na cama, também estão sujeitos a problemas.
Algumas razões podem ser relacionadas aos problemas do adormecer das crianças: medos noturnos ( sonhos maus, imaginários fantasmas e  monstros, escuro), angústia de separação, falta de horas de sono suficiente para a sua idade, pouco contato com a família, incapacidade de relaxar e também quando as crianças são mandadas para a cama como castigo.
Quando atitudes básicas não dão resultado e a dificuldade para dormir persistir e interferir na dinâmica da família,  é essencial que os pais, reconheçam o momento de pedir ajuda  profissional. Consultar um médico para verificar  possível alteração orgânica  e um psicólogo para avaliar seu estado emocional..
por: Regina Lucia B de Andrade

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Mensagem da semana

                                         Filhos Girassóis e Filhos Miosótis












                            Girassóis      e     Miosótis

  O girassol é flor raçuda,
que enfrenta até a mais violenta intempérie
e acaba sobrevivendo.
Ela quer luz e espaço e em busca desses
objetivos, seu corpo se contorse o dia inteiro.
O girassol aprendeu a viver com o sol
e por isso é forte.

Já o miosótis é plantinha linda,
mas que exige muito mais cuidado.
Gosta mais de estufa.
O girassol se vira... e como se vira!
O miosótis quando se vira, vira errado.
Precisa de atenção redobrada.
Há filhos girassóis e filhos miosótis.
Os primeiros resistem a qualquer crise:
descobrem um jeito de viver bem, sem ajuda.
As mães chegam a reclamar da independência
desses meninos e meninas, tal a sua capacidade
de enfrentar problemas e sair-se bem.

Por outro lado, há filhos e filhas miosótis,
que sempre precisam de atenção.
Todo cuidado é pouco diante deles.
Reagem desmesuradamente, melindram-se,
são mais egoístas que os demais, ou às vezes,
mais generosos e ao mesmo tempo tímidos,
caladões, encurralados.
Eles estão sempre precisando de cuidados.

O papel dos Pais é o mesmo do jardineiro
que sabe das necessidades de cada flor,
incentiva ou poda na hora certa.

De qualquer modo fique atento.
Não abandone demais os seus girassóis
porque eles também precisam de carinho...
e não proteja demais os seus miosótis.

As rédeas permanecem com vocês...
mas também a tesoura e o regador.

Não negue, mas não dêem tudo que querem:
a falta e o excesso de cuidados matam a planta...

Autoria de José Fernandes de Oliveira
" Pe. Zezinho"

Jean Piaget - tendência cognitiva

Lev Vigotsky - Breve Vida e Obra

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

VOLTA ÀS AULAS

Mais um ano que começa. Esperanças renovadas, expectativas quanto aos acontecimentos que virão.E a volta às aulas? Tanto para a criança,  para o adolescente e também para o adulto o início do ano letivo é um momento carregado de significados.O encontro com os colegas,conhecer pessoas, encontrar os profissionais , assimilar os novos conhecimentos, rever ou conhecer o ambiente escolar traz alegrias, dúvidas e ansiedades.
O que é vivido e sentido no ambiente escolar é muito significativo para o indivíduo. Esse precisa ser um lugar onde a confiança e satisfação estejam presentes, e isso depende tanto da instituição, quanto da família. Observe seu filho. Converse com ele, sem fazer interrogatório. Avalie como foi a impressão causada pelo ambiente escolar e as pessoas que nele circulam.Demonstre confiança na escola. A criança percebe quando há um clima de desconfiança e insegurança  por parte dos pais e isso pode interferir na adaptação e no desempenho escolar.
O  organismo humano realiza aprendizagens de natureza diversas durante toda a sua vida. Inicia esse processo  bem cedo. Aprende a andar e a falar, a beber água no copo, a comer com colher, a brincar, andar de bicicleta,  assistir `a televisão, a usar o computador ...
         A aprendizagem que ocorre antes da criança entrar na escola é importante para o seu desenvolvimento, mas a aprendizagem escolar tem um importante valor para a sua vida. Assim como na vida, a aprendizagem escolar deve seguir um curso natural, onde o sujeito possa perceber-se capaz de penetrar neste mundo novo, sendo capaz de  escrevê-lo.
Se no curso do desenvolvimento escolar tudo estiver bem, ótimo, mas se seu filho já tem histórico de repetência ,fique alerta. Dificuldades de concentração nas atividades, notas baixas, incapacidade de terminar a tarefa, repetência, vínculo inadequado com a aprendizagem, colegas e professor, fazem parte da história escolar de muitos alunos. Devido a esses fatores, diferentes comportamentos podem se manifestar, tais como: violência, apatia, dispersão, hiperatividade, entre outros.
Buscar as causas requer  uma intervenção especializada. O trabalho terapêutico é um recurso para melhorar a auto-estima, o auto-conhecimento, encontrar maneiras de enfrentar as dificuldades do cotidiano  e do processo  de aprendizagem.
Por: Regina Lucia B de Andrade

BRINCADEIRA DE CRIANÇA


Hoje em dia observa-se uma cobrança no desempenho da criança. Essas cobranças que perpassam pelas exigências sociais,chega à família, que diante disto, passa a exigir um comportamento de cumprimento de compromissos por parte dela.
A criança precisa estar em atividade. Atividade constante que muitas vezes envolve uma série de compromissos e tarefas  a serem realizadas. Escola, professor particular, natação, judô, curso de informática, balé, entre outras. O fato é que o conhecimento e o movimento, para o  cérebro e o corpo, são saudáveis, mas  uma pergunta se faz. Até que ponto a criança está  ficando sem tempo para brincar?
 A brincadeira é uma maneira excelente da criança aprender as regras de convivência,organizar pensamento, auxiliar na oralidade, desenvolver a criatividade , enfrentar desafios e adquirir autonomia. Ela interpreta  o mundo adulto, vivência e pode recriá-lo.Além disso, ela se diverte, trabalha o corpo e a mente.
O ato de brincar em alguns momentos sozinha, em outros,  com colegas e com os pais é fundamental para o seu desenvolvimento. Quanto tempo é disponibilizado na rotina da criança para a brincadeira? Quanto tempo os pais estão livres para brincar com ela?
O brincar é um ótimo espaço para estreitar os laços afetivos entre pais e filhos. A ludicidade faz parte do universo infantil o que torna mais fácil chegar até ela através de uma atividade prazerosa. Brincar com a criança é um ótimo meio para saber como ela está, para educar e para mostrar afeto. Quando brincamos com ela temos a oportunidade de mostrar regras e abrir um enorme caminho para o diálogo, tão importante para o relacionamento  familiar.
 Não deixe que o cansaço ou estresse do trabalho, o impeça de brincar com a criança. Convide-a  a brincar . Pegue uma bola, uma corda, um boneco, um jogo, e até mesmo  jogue  videogame . Coloque uma música, dance com ela. Deixe também que ela escolha a atividade, participe. Ela vai se sentir querida, aceita, importante, e nesse espaço de confiança e reciprocidade o diálogo e o entendimento surgirá facilmente.
Por: Regina Lucia B de Andrade