quinta-feira, 14 de junho de 2012

João, preste atenção! é um livro sobre os sentimentos de um menino chamado João que descobriu que tinha dislexia



"Assim como João, inúmeras outras crianças, como bom nível intelectual, são incapazes de utilizar adequadamente alguns instrumentos básicos de comunicação, como a leitura, a escrita, a interpretação de textos ou o aprendizado de uma 2ª língua, sendo muitas vezes totalmente desmotivadas pelo baixo desempenho na vida escolar."
- trecho do livro João, preste atenção!

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Aumentar espaço entre as letras ajuda disléxicos a ler

Crianças disléxicas podem ler melhor e mais rápido quando há uma separação maior entre as letras de um texto, segundo um estudo publicado na revista Atas da Academia Americana de Ciências (PNAS).


O trabalho, realizado por cientistas europeus com 54 crianças italianas e 40 francesas, todas com dislexia e idades entre 8 e 14 anos, mostrou que a precisão para decifrar palavras duplica e a velocidade de leitura aumenta 20% quando o espaço entre as letras é maior.
«Os nossos resultados proporcionam um método prático para melhorar a leitura dos disléxicos sem necessidade de treino especial», concluiu o estudo liderado por Marco Zorzi, do Departamento de Psicologia da Universidade de Pádua (Itália). Os cientistas atribuem o feito a que, com um espaço maior, se mitiga o fenómeno de «aglomeração» das letras que leva os disléxicos a não conseguirem distinguir claramente os caracteres.
Os trabalhos apresentados às crianças incluíram 24 frases curtas que deviam ler em duas versões: uma com o texto apresentado de forma normal e outra com o texto apresentado com espaço maior entre as letras.
O texto normal estava escrito com corpo de letra de 14 pontos, enquanto na outra versão, o espaço entre as letras aumentou 2,5 pontos (um ponto corresponde a 0,353 mm, segundo os padrões).
«O espaço entre I e L na palavra italiana 'il' (que significa ele) passou de 2,7 pontos (...) para 5,2 pontos», explicou o estudo.
Os resultados são particularmente animadores porque separar mais as letras não só aumenta a velocidade de leitura das crianças disléxicas, mas beneficia especialmente os disléxicos mais graves, o que demonstra a eficácia do método.
Este, no entanto, não faz efeito nas crianças não disléxicas, segundo os autores, provenientes da Universidade de Aix-Marseille (França) e do Centro Nacional de Pesquisa Científica francês (CNRS).
A dislexia é um transtorno que afecta a parte do cérebro dedicada à interpretação da língua. Não tem cura e estima-se que afecte 15% dos americanos. Para tratá-la, costuma recomendar-se acompanhamento adicional e um intenso enfoque na leitura.